2020, 90min, PE
Não recomendado para menores de 18 anos.
Violência Extrema; Conteúdo Sexual; Drogas Lícitas; Conteúdo Impactante.
Legenda PTBR.
SINOPSE
Um velho matador de aluguel está escondido no interior da Bolívia, na região desértica do Salar de Uyuni. Acabou de cometer o seu último assassinato. Após meses isolado, ele viaja para o interior do Paraguay onde recebe uma boa recompensa e segue para Asunción com o objetivo de encontrar a sua única filha, a qual nunca conheceu.
Esta viagem por dentro de si mesmo, seguido apenas por sua fiel companheira, a morte, acaba despertando instintos primários no velho matador, que explode em fúria e desespero pelas ruas da capital paraguaia em busca de afeto, como o King Kong aturdido em New York.
FICHA TÉCNICA
Direção: Camilo Cavalcante
Produção Executiva: Carol Vergulino e Neusa Rodrigues
Direção de Fotografia: Camilo Soares
Direção de Arte: Diogo Balbino
Som: Moabe Filho e Pedrinho Moreira
Montagem: Caio Zatti
Elenco: Andrade Júnior, Ana Ivanova, Juan Carlos Aduviri, Fernando Teixeira, Maycon Douglas e Georgina Genes
Roteiro: Camilo Cavalcante
Trilha Sonora Original: Shaman Herrera
Desenho de Som: Catarina Apolônio e Gera Vieira
Trilha Musical: Shaman Herrera
FESTIVAIS
48º Festival de Cinema de Gramado
LABRFF
Fest Aruanda
COMENTÁRIO DE ARTISTA
King Kong en Asunción é um road movie que se propõe a ser uma obra viva, trafegando pelo universo híbrido de linguagem entre o documental e o ficcional, revelando a geografia humana da Bolívia e do Paraguay, únicos países da América do Sul que não tem acesso ao mar.
Filmamos com uma equipe compacta e uma estrutura de produção enxuta, seguindo o modelo de baixo orçamento. Por outro lado, estas condições injetaram um espírito de aventura à realização, processo permeado por extrema liberdade criativa e artística.
Este projeto também proporcionou uma intensa cooperação entre técnicos, artistas e profissionais do Brasil, da Bolívia, do Paraguay e da Argentina. Desta forma, pretendemos abolir as fronteiras e fomentar o olhar crítico para evidenciar o quanto temos em comum na história política e social latino-americana, cujo enredo foi construído de uma forma economicamente perversa e injusta.
O texto que vai pontuar a narrativa acrescentando elementos importantes para a dramaturgia foi escrito por Natália Borges Polesso (vencedora do prêmio Jabuti, 2016) e é interpretado por Ana Ivanova (atriz de Las Herederas – Essa narração é constituída por uma voz onisciente, em Guarany, que conhece os pormenores da existência do protagonista, e por isso introduz comentários minuciosos, além de destilar sentimentos recônditos. A camada literária amplia as possibilidades de interpretação das imagens a partir da ressignificação de elementos e eventos constituindo uma espécie de dança entre o pictórico e a palavra. O filme caminha em direção a um tom poético como uma fábula para adultos.
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