14º Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira divulga selecionados da Mostra Outros Esquemas

Além da Mostra Competitiva Brasil, outros 12 filmes serão exibidos de forma não-competitiva no festival, que ocorre totalmente on-line e gratuito, entre 10 a 15 de abril

O 14º Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira divulga os selecionados para a Mostra Outros Esquemas. Trata-se de uma mostra não-competitiva, que passou a integrar a programação do CEN em 2019 como forma de contemplar mais um espaço de expressão da arte audiovisual brasileira. " A Mostra Competitiva recebe muitas inscrições a cada edição, e sempre encontramos filmes abrangentes e contundentes que trilham outros caminhos para além da proposta desta mostra do CEN. São obras que fazem brilhar nossos olhos, que nos provocam e nos emocionam. Temos muito carinho por esses filmes e queremos mostrar para o público, por isso criamos a Mostra Outros Esquemas”, contam os curadores Jaqueline Beltrame, Dirnei Prates, Gustavo Spolidoro e Vinicius Lopes.

Vêm de sete Estados brasileiros distintos os 12 filmes selecionados, sendo que metade deles são obras assinadas por mulheres. No geral, as obras perpassam temas como a diversidade cultural brasileira, movimento feminista surdo, além de questões LGBTQIA+, povos originários, entre outras. (Confira abaixo a lista completa e sinopses dos trabalhos). 

O 14º Cine Esquema Novo - Arte Audiovisual Brasileira, que, em 2021, completa 18 anos de existência, ocorre de 10 a 15 de abril em formato totalmente on-line e gratuito. As obras estarão disponíveis no site durante os seis dias de evento para serem visualizadas a qualquer horário, on demand. “Já que não podemos realizar o festival de forma presencial este ano, decidimos então tirar partido de algumas vantagens que o ambiente virtual nos proporciona, como a conveniência de deixar os filmes das mostras em exibição on-line, sem horário ou sessão. Vai dar para assistir a todas as obras e levar a conversa para as redes sociais”, comenta Jaqueline, que também é diretora do festival.

Nos próximos dias serão divulgados os detalhes da programação, que inclui ainda projeções urbanas, debates, seminário “Pensar a Imagem”, oficinas e muita interação nas redes sociais. 

O 14º Cine Esquema Novo - Arte Audiovisual Brasileira é uma realização da ACENDI – Associação Cine Esquema Novo de Desenvolvimento da Imagem. Projeto realizado com recursos da Lei nº 14.017/2020. 

 

MOSTRA OUTROS ESQUEMAS – 14º CINE ESQUEMA NOVO - ARTE AUDIOVISUAL BRASILEIRA – SELECIONADOS

Dois Homens ao Mar (Gabriel Motta)

Ao deixar o Brasil, César conhece Martin em um café vazio de Tallinn, Estônia. Em frente aos dois homens, apenas o incerto infinito do mar.

Espero Que Esta Te Encontre e Que Estejas Bem (Natara Ney)

Um lote com 110 cartas de amor foi encontrado em uma Feira de Antiguidades, todas escritas por uma moradora de Campo Grande para o seu noivo no Rio de Janeiro. A partir desta descoberta, uma investigação se inicia para localizarmos este casal apaixonado.

Eu, um outro (Silvia Godinho)

Luca está em busca de um antigo amor, Thalles quer mudar de nome e Raul deseja ser um homem melhor. Eles se encontraram em seus novos corpos, mas precisam sobreviver no país que mais mata pessoas transgênero.

GLAUBER, CLARO (Cesar Meneghetti)

Retrato poético de GLAUBER ROCHA em sua experiência italiana e de seu filme romano CLARO (1975). O documentário revela fatos inéditos sobre os anos italianos de exílio do diretor e de sua geração através do testemunho de colaboradores e amigos, até sua cólera contra o Festival de Veneza em 1980.

Homens Invisíveis (Luis Carlos de Alencar)

Um olhar para a situação da população de transmasculinos nas prisões, a partir dos problemas gerados pelo desconhecimento, transfobia, preconceito e discriminação.

King Kong en Asunción (Camilo Cavalcante)

Um velho matador de aluguel está escondido no interior da Bolívia. Acabou de cometer seu último assassinato. Após meses isolado, ele viaja para o Chaco Paraguaio, onde recebe uma boa recompensa e segue para Asunción em busca de conhecer a sua única filha.

Mulher Oceano (Djin Sganzerla e Vana Medeiros)

Recém chegada a Tóquio, uma escritora brasileira busca escrever seu novo livro, instigada pela última imagem que viu no Brasil: uma nadadora em mar aberto que parecia se transformar no próprio oceano.

Nuhu Yãg Mu Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa! (Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero)

Antigamente, os brancos não existiam e nós vivíamos caçando com os nossos espíritos yãmĩyxop. Mas os brancos vieram, derrubaram as matas, secaram os rios e espantaram os bichos para longe. Hoje, as nossas árvores compridas acabaram, os brancos nos cercaram e a nossa terra é pequenininha. Mas os nossos yãmĩyxop são muito fortes e nos ensinaram as histórias e os cantos dos antigos que andaram por aqui.

O que Pode um Corpo? (Victor Di Marco e Márcio Picoli)

Um bebê nasce, mas não chora. Um corpo grita e não é ouvido. As tintas que escorrem em um futuro prometido, não chegam em uma pessoa com deficiência. Victor faz de si a própria tela em um universo de pintores ausentes.

Pega-se Facção (Thais Braga)

Em uma região onde a seca dura a maior parte do ano e a agricultura familiar não garante o sustento, mãe e filha veem como única saída a costura domiciliar terceirizada na zona rural de Caruaru-PE. Mas qual é o preço a ser pago?

Seremos Ouvidas (Larissa Nepomuceno)

Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidade diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo.

Zabé do Cariri (Beth Formaggini)

“Zabé da Loca” recebe Malta na sua casa em Monteiro, sertão da Paraíba. Conta como aprendeu o instrumento que transformou a sua vida no mundo masculino do pífano. Dançam juntos num forró com todas as bandas da região.

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