Confira a programação deste sábado, 23 de novembro

PROGRAMAÇÃO CINE ESQUEMA NOVO 2019 – ARTE AUDIOVISUAL BRASILEIRA

22/11 – Sexta-Feira

10h - Mesa 3: Corpos em cena no cinema e nas artes visuais no Brasil

Goethe-Institut Porto Alegre

Os palestrantes internacionais farão suas apresentações em inglês, sem tradução simultânea | Inscrições pelo https://www.sympla.com.br/seminario-pensar-a-imagem__702745

Ementa: Pensar as implicações entre estética e política passa necessariamente pelo debate sobre as imagens e as políticas do corpo - gênero, raça e etnia, orientação sexual e classe. O objetivo da mesa é suscitar um debate sobre os corpos em cena no cinema e nas artes visuais do Brasil, orientado por questões como: que corpos podem estar em cena? Que espaços existem para corpos não-normativos? Como os corpos de pessoas negras, mulheres, pessoas LGBT e/ou pobres são representados nas imagens? Quem produz essas representações e que esforços têm sido feitos em busca de representações contra-hegemônicas?

Participantes:

Ali do Espírito Santo é artista, ensaísta e pesquisador. Nasceu em Cuiabá-MT e atualmente trabalha e estuda em Porto Alegre-RS. Graduado em Artes Visuais e mestrando em Psicologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Nos últimos anos seu trabalho artístico tem abordado temas como as dissidências sexuais, as ficções do antropoceno e o cancelamento dos futuros. Ali do Espírito Santo usa a fotografia e a performance como linguagem de criação e ação.

Silvero Pereira é ator, dramaturgo e diretor. Fundador do Coletivo As Travestidas (Fortaleza- CE). Atuou em mais de 30 peças de teatro e circulou por quase todo o território brasileiro com os espetáculos, bem como pelos Estados Unidos e pela Alemanha. Na TV, atuou em produções da Rede Globo, como a novela A Força do Querer.. No cinema, atuou em filmes como "Serra Pelada" (Heitor Dhalia, 2012), "No Fim de Tudo" (Victor Ciríaco, RN), "As Bodas do Diabo" (Ivan Ribeiro, SP) e "Mar de Zila" (RN). Recentemente participou do filme "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.

 

MOSTRA AUDIOVISUAL EM CURSO

23 e 24/11, 14h, Goethe-Institut Porto Alegre

A segunda edição da Mostra Audiovisual em Curso conta com a curadoria de 19 alunos de sete cursos de realização audiovisual, artes visuais, comunicação e animação de cinco instituições do RS: Crav/Unisinos, Teccine/PUCRS, Fabico e Instituto de Artes/UFRGS, Audiovisual e Animação/UFPEL e Audiovisual/Uniritter. A mostra reunirá 38 obras selecionadas pelos alunos-curadores. Além da exibição, a mostra terá debates entre os curadores e os realizadores dos filmes selecionados. A Mostra Audiovisual em Curso ocorre no sábado e domingo, 23 e 24 de novembro, no Goethe-Institut Porto Alegre, das 14h às 18h. A novidade em 2019 é que a mostra torna-se competitiva e conta com o voto do público, que escolherá não o seu filme preferido, mas a melhor sessão, valorizando assim o processo curatorial dos alunos. A Fluxo Escola de Fotografia e Cinema concederá prêmios ao grupo de curadores escolhidos pelo Júri Popular. 

Sessão 1 - PUCRS E UFRGS

Programa PUCRS (TECCINE)

Bacante (2016, RS, 09min), de Mariah Feijó – 16 ANOS - Uma mulher volta para a casa, embora todos saibam que o dia seguinte seja como o anterior.

Calêndula (2017, RS, 08min), de Fernanda Martinelli e Reynerio Espinoza - 16 ANOS - O fragmento do cotidiano de Karol visto de um ângulo íntimo. Repleto de metáforas nos demonstra os diversos embates da personagem e suas visões sobre si própria.

O Ser e o Nada (2018, RS, 10min), de Natália Pimentel - 16 ANOS - Simone é uma mulher solitária que não enxerga mais sentido em sua vida. Um dia ela descobre que ganhou um prêmio: a visita de uma arrumadeira. A partir dessa visita, Simone acaba se confrontando com o vazio de sua existência.

Primavera (2017, RS, 13min), de Caroline Abegg Karnas e Mariah Philippe - 16 ANOS - Uma mulher chega a um jardim distante e se depara consigo mesma através das outras que ali habitam.

 

PROGRAMA UFRGS (Instituto de Artes e Fabico)

0000-01 (2017, RS, 2min), de Lu Rabello - 16 ANOS - Diálogos para tentar lidar com a morte.

Aparências (2019, RS, 4min), de Kahena Zanardo Sartore - 16 ANOS - Um estudo em reflexos, fora e dentro da intimidade da própria casa, que quer questionar qual o nível de realidade do mundo dentro do vidro mágico.

Barracuda (2019, RS, 2min), de Nícolas Lobato e Tulia Radaelli - 16 ANOS - Filme Viagem experimental no litoral do RS

Endo (2018, RS, 2min), de Dani Amorim - 16 ANOS - No Brasil as mulheres ainda são caladas, invisibilizadas e inferiorizadas em contextos acadêmicos, profissionais e familiares, e muitas tem no corpo e na mente as marcas deixadas pelo patriarcado. O corpo da mulher é com frequência utilizado pela mídia para impulsionar o consumo por parte dos homens, seja em propagandas de cerveja, de carro ou perfume, porém ainda há enorme tabu no que se refere aos direitos da mulher sobre o próprio corpo. É preciso falar sobre o corpo, falar sobre a nudez e desenraizá-la desse lugar sobressexualizado em que a colocaram. É preciso que haja a naturalização da nudez para que o corpo da mulher passe do estatuto de algo proibido a algo natural, talvez só assim se diminua o nível de violência contra a mulher. Endo se refere ao que está dentro, nosso estado mais cru e suscetível, ao mesmo tempo em que faz uma analogia quanto à invisibilidade intelectual da mulher perante a sociedade e sua visibilidade enquanto corpo nu “a ser consumido”. Quando mostro meu corpo, estou questionando o pudor que nos leva a sermos vistas como objetos, pois se ele não existisse em primeira instância, talvez o corpo da mulher passasse de objeto intocável - e por isso sabemos que, muitas vezes, violável aos olhos e ações de alguns - à condição de corpo humano. Precisamos ser donas de nossos próprios corpos.

Farrapos (2018, RS, 4min), de Bruno Novadvorski - 16 ANOS - Desde criança, transito pela Avenida Farrapos em Porto Alegre-RS, percebendo sua movimentação em relação a uma de suas características mais marcantes que é a presença de profissionais do sexo. A videoperformance Farrapos (2018) surge como um resgate das minhas memórias alinhando-se a inquietações contemporâneas quanto à circulação do meu corpo relacionado àquele espaço onde o sexo e toda sua potência se faz presente mesmo que, às vezes, na sua forma mais sutil. Foi desenvolvida durante a residência artística vivenciada como forma de imersão no projeto de pesquisa PRÁTICAS URBANAS: POÉTICAS DE APROXIMAÇÃO, grupo OBJETO E MULTIMÍDIA com orientação da Profª Drª Teresinha Barachini.

Mostra-me teus pés (2017, RS, 10min), de Pedro Nakamura - 16 ANOS - Quando a crise política do presente faz um professor de fotografia lembrar do passado, as fronteiras entre tempo, espaço e memória começam a perder significado.

O Urso na Sala (2017, RS, 9min), de Pâmela de Oliveira Bernardo - 16 ANOS - Eduardo tem tudo para ser um rapaz normal, mas recentemente está com problemas para seguir com sua vida normalmente - estudar, sair com os amigos, ser jovem. Atividades que outrora eram tranquilas tornaram-se fardos, e a solidão é uma sombra que se esgueira, quieta e constante pelo apartamento. Porém, Eduardo nunca está completamente sozinho. Há um urso na sala.

 

Programação CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS

14h – Sessão com Acessibilidade

Raia 4 (2019, RS, 94min), de Emiliano Cunha - 12 ANOS

Amanda é uma nadadora pré-adolescente. Quieta e reservada, encontra, embaixo d’água, um refúgio - lugar onde os segredos não podem ser ouvidos. O conflito com os pais, as pressões do esporte e da fase da vida, tudo parece se acumular no entorno de Amanda, que acaba se aproximando de Priscila, uma colega de equipe.

 

16h – Mostra Outros Esquemas

Bicho do Mato (2018, PR, 15min), de Juliana Sanson – LIVRE

Jussara e sua família perdem tudo o que tinham quando suas terras são atingidas por chuvas intensas e violentas. Sem ter onde viver, eles deixam o campo para morar na cidade grande. Uma mudança que trará muitas dificuldades para todos, em especial para Jussara que precisará se adaptar a um mundo muito diferente do que ela conhecia.

Um Filme de Verão (2019, RJ, 94min), de Jo Serfaty - 14 ANOS

Durante o verão, Karol, Junior, Ronaldo e Caio estão no último mês das aulas na escola pública do Rio de Janeiro. Quando as férias chegam, a temperatura alcança 40 graus. Imersos nos fios emaranhados que cobrem o céu da favela e os súbitos apagões, estes quatro jovens são afetados pela crise da cidade e se reinventam diante da adversidade.

 

18h30 – Mostra Competitiva Brasil

Noh (2019, SP, 18min), de Giovanni Manzi - LIVRE

Noh é um filme que se propõe a explorar de forma subjetiva e poética, através de um fluxo de pensamento, alguns dos diversos espaços e manifestações da escuridão, levando em conta suas implicações estéticas e culturais.

 

Bem no meio do céu (2018, RJ, 13min), de Isabella Raposo e Thiago Brito – LIVRE

A última mulher do mundo.

 

A Mentira (2019, RJ, 11min), de Klaus Diehl e Rafael Spínola - LIVRE

Em um relatório da polícia secreta da Alemanha Oriental, o amor.

 

Pedra do Medo (2019, SP, 12min), de Patricia Black - 12 ANOS

Através de dois documentos reais envolvendo, de um lado o diário de um falecido avô, e do outro, a nota de atropelamento de uma jovem judia em São Paulo, atores ensaiam uma ficção onde descobrir o amor é entender quem vive ou quem morre.

 

Intervenção Jah (2019, RJ, 15min), de Welket Bungué e Daniel Santos - LIVRE

'Intervenção Jah' visa uma caminhada simbólica até à exaustão. A intervenção propõe o aquecimento preliminar que antecede um combate de titãs num ringue de boxe. A intervenção consiste no movimento do performer intuindo a queda repentina quando afetado por perfurações por balas de armas semi-automáticas. Segundo os resultados divulgados em 2017, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as pessoas negras no Brasil ainda representam mais de metade da população do país. Entre 2005 e 2015 o número de pessoas negras assassinadas aumentou 18% e isso nos tornou também a maior parte das vítimas de homicídio, tendo correspondido a 71% do total de corpos registrados.

 

20h30 – Mostra Competitiva Brasil

O Lucas Chamou o Mar (2018, SP, 21min), de Ani Cires - LIVRE

Ani e seus dois filhos, Lucas e Clara, levam uma vida comum na Zona Sul de São Paulo, mas o comum e o extraordinário, o cotidiano e a poesia, se fundem nesse ensaio sobre o olhar que convida a um mergulho em águas profundas e fluidas, num só fôlego.

 

Mirante (2019, RS, 78min), de Rodrigo John - 12 ANOS

Do alto de seu apartamento, morador observa a vida no centro de Porto Alegre. Nos vidros das janelas, as narrativas de dentro e de fora se misturam, ecoando a precariedade das relações. Enquanto uma reviravolta na história do Brasil desafia a rotina da cidade, vozes fantasmagóricas compõem um retrato caleidoscópico da nossa época, numa sinfonia distópica.  

Mostra Competitiva Brasil – Goethe Institut Porto Alegre

Visitação Galeria: Segunda a sexta das 10h às 19h30 | Sábados das 10h às 12h30 | Domingos e feriados não há visitação

Corre Quem Pode, Dança Quem Aguenta (2019, RJ, 07min), Welket Bungué - LIVRE

Um jovem performer sai ileso de uma manifestação pública agressiva conta o aumento do preço da passagem de ónibus no Rio, e no dia seguinte é entrevistado por outro artista que pretende contar a sua história aos ouvintes da sua rádio. Auris, como muitos afro-brasileiros poderia ser um corpo ausente, camuflado na estatística dos jovens apagados pela violência imposta pelas classes ou pelas estruturas desigualitárias operando em nome do serviço público, só que não, seu corpo está presente.

 

O mundo é redondo pra ninguém se esconder nos cantos – Parte I: Refúgio (2018, ALE, 10min), de Leandro Goddinho - 12 ANOS

Ele foi forçado a fugir da Nigéria para salvar sua vida e seu amor. Primeira parte da série sobre Diáspora LGBTQ+.

 

O mundo é redondo pra ninguém se esconder nos cantos – Parte II: O Beijo (2018, ALE, 05min), de Leandro Goddinho - 14 ANOS

Performance explorando o romance e terror de um simples beijo. Um refugiado Africano visita o Memorial Gay do Holocaust, em Berlin. O filme faz um paralelo entre a perseguição nazista aos homossexuais, com refugiados gays Africanos que fogem da pena de morte em seus países em busca de asilo na Alemanha. Segunda parte da série sobre Diáspora LGBTQ+.

 

Polis (2019, RJ, 08min), de Rafael Baptista - LIVRE

Uma máquina angustiada narra a crise que enfrenta ao tentar exercer sua função. Expressando com imagens urbanas suas dificuldades, ela tenta encontrar alguma saída.

 

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ENDEREÇOS:

CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS - Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico | (51) 3289-7458 | Aberto ao Público de terça a sexta das 9h às 21h e Sábados, Domingos e Feriados das 14h às 21h

GOETHE-INSTITUT PORTO ALEGRE: Rua 24 de Outubro, 112 – Moinhos de Vento | (51) 21187800 | Visitação Galeria: Segunda a sexta das 10h às 19h30 | Sábados das 10h às 12h30 | Domingos e feriados não há visitação

CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA: Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico | (51) 3221-7147 | Aberto ao público de terça a sexta das 09h às 21h e sábados e domingos das 12h às 21h

INSTITUTO DE ARTES UFRGS: R. Sr. dos Passos, 248 - Centro Histórico | (51) 3308 4320 | Aberto ao público de segunda a sexta, das 08h às 22h | Sábado das 08h às 13h | Domingo fechado

TEATRO QUILOMBO DAS ARTES UTOPIA E LUTA: Av. Borges de Medeiros, 719 – Centro Histórico

INGRESSOS:

Sessões na Cinemateca Capitólio Petrobras: valor único R$ 10,00 (vendas na bilheteria 30min antes de cada sessão)

Sessões no Goethe-Institut (Mostra Audiovisual em Curso e obras na Galeria): entrada franca

Seminário Pensar a Imagem: R$ 20,00 por dia | Pacote para os quatro dias: R$ 50,00 (vendas pelo sympla) | https://www.sympla.com.br/seminario-pensar-a-imagem__702745

Oficina Trabalhando artesanalmente com película 16mm: R$ 100,00 | https://www.sympla.com.br/oficina-de-pelicula__702756

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