Foto: Daniel Lisboa (selfie)

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Célio's Circle surge de maneira inusitada, fui até Tiradentes, na cidade de São Paulo, com o propósito de filmar um personagem para uma peça numa campanha política. Lá, encontro Célio e sua mãe e percebo que ali havia algo bem mais profundo e bem mais poético. Capto um pouco da vida real dos dois ali na casa e depois proponho a Célio algumas atuações performáticas. Ainda não sabia direito o que seria, mas enxergava claramente a verdade daquelas cenas. Em ilha surgem os maiores estudos, passei dias vendo, revendo e buscando narrativas para aquelas imagens e quando já pensava em abandoná-las num hd, surge o encaixe das dublagens e me leva para um lugar onde não havia buscado estar. Um cinema experimental de ocasião, com a possibilidade de pensar esse mundo pandêmico de forma intensa.

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CÉLIO APRESENTANDO “Celio's Circle”, de Diego Lisboa

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DEBATE - XVI Festival Panorama Internacional de Cinema -  EU, EMPRESA | INABITÁVEL | Celio's Circle

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BREVE REFLEXÃO SOBRE A EXISTÊNCIA, DE DIEGO LISBOA

Ao completar 32 anos, resolvi me apropriar deste espaço virtual, para realizar uma reflexão acerca do meu processo criativo nesta vida, em sua maior parte através da expressão audiovisual, linguagem com a qual fui criado e em alguma instancia aprendi a manusear e transformar em discursos. Gosto de pensar no audiovisual como um todo que tem suas vertentes e arestas através de seus formatos, tv, cinema, publicidade, web, video arte, videoclipe e tantos outros ainda a serem explorados e descobertos. Não gosto de me limitar a nenhuma linguagem especifica. Navego por todas elas dentro do barco da minha coerência em seu tempo e espaço. Não acredito em verdades absolutas, sigo fluxos, grito para não enlouquecer e crio para tentar matar o tédio. Quem não sabe jogar ronda a bucha. Levo muito a serio a ideia do legado e tento ter o cuidado que teria com um amigo ou um filho em cada trabalho que realizo, claro que muitos deles feitos de forma visceral e lançados ao mundo como uma flecha inacabada mas sempre cheia de veneno. Nunca pensei muito, sempre fui lá e fiz, como um giz que se desintegra num quadro sem muita consciência do que escreve.

O que proponho aqui é uma viagem atráves de alguns trabalhos publicados, um resumo da opera. Criar é uma crise constante e exibir os frutos desta criação é como se desnudar diante do desconhecido e disso eu nunca tive medo, acredito que devemos existir e exibir nossas imperfeições com o mínimo de consciência e desapego. Se guardamos muito nossas criações por medo e insegurança, acabamos nos tornando fantasmas da obra. Por isso é necessário expelir, cuspir, vomitar, sangrar e lutar contra a inércia, contra a gravidade, contra você mesmo! Espero que desfrutem e se divirtam, porque não tenho nada melhor a oferecer.

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MATÉRIA - Diretor baiano assume campanha de Evo Morales - METRO 1

FREQUÊNCIA HANÓI (2006, 10min, BA) de Daniel Lisboa e Diego Lisboa

Sinopse: Em uma penitenciária baiana um interno subjuga as grades e os muros que o isolam. Através da tecnologia (celular clandestino) sua voz ganha liberdade nas freqüências invisíveis da metrópole.

Justificativa: O filme frequência Hanoi também se trata de um filme que flerta com o experimental. Foi um filme realizado com conversas telefônicas gravadas entre mim e um preso que se encontrava dentro do presídio de Salvador. Em parceria com meu irmão Daniel Lisboa, iniciamos estudos para pensar formas de contar essa histórias com sons e ruídos, o que me remete muito aí processo vivido na montagem do filme Célio’s Circle. 

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Da Janela do Meu Quarto (2004) de Cao Guimarães

Créditos: Acervo da Pinacoteca de São Paulo. Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2015, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2017.

Justificativa: Utilizo esse filme como referência, pois desde que assisti, jamais me esqueci dele. Entendo que existe uma relação, não direta mas subjetiva com o processo que vivenciei no Célio, onde nos apropriamos de uma situação real para construir narrativas paralelas.