Guerreiro do Divino Amor
Guerreiro do Divino Amor
2020, 09min, MG
Guerreiro do Divino Amor
2020, 09min, MG
O Mundo Mineral
O Mundo Mineral
Quinto capítulo do atlas superficcional mundial, O Mundo Mineral é uma fantasia de harmonia e perdão, a superficção do milagroso equilíbrio entre povos, norte e sul, superdesenvolvimento e supertradição.
Direção: Guerreiro Do Divino Amor
Elenco: Júlia Mesquita
Personagens Reais Principais (que interpretem elus mesmes): Sallisa Rosa, Oscar Niemayer, Xuxa
Animação: Guerreiro do Divino Amor
Roteiro: Guerreiro Do Divino Amor
Trilha Sonora Original: Neural Xolotl
Maquiagem, Figurino, Assistente de Produção e de Câmera: Ventura Profana
9ª Bolsa Pampulha, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte
24ª Mostra de Cinema de Tiradentes
FestCurtas BH 2020
BIOGRAFIA DE ARTISTA
BIOGRAFIA DE ARTISTA
Foto: Gê Viana |
Guerreiro do Divino Amor (1983), mestre em arquitetura, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Seu trabalho investiga as Superficções, forças ocultas que interferem na construção do território e do imaginário coletivo, construindo um universo de ficção científica a partir de fragmentos de realidade. Sua pesquisa toma forma de filmes, publicações, objetos, instalações e conferências. Foi vencedor do prêmio PIPA 2019, finalista dos Swiss Art Awards 2008 e 2017 e do prêmio "Generations" da bienal de imagem em movimento de Genebra; participou de exposições na fundação Iberê Camargo, no MAR, no CAC de Vilnius e do Arte Pará 2018 entre outras. Em 2018 realizou a individual "Superficções" no Paço das Artes no MIS-SP. Foi residente na FAAP Lutetia e no Pivô-Pesquisa em São Paulo, na CAL em Brasília, e participou do Bolsa Pampulha 2019. Seus filmes foram exibidos e premiados em várias mostras e festivais nacionais e internacionais. |
FILMOGRAFIA
Clube da Criança - (2008, 9min)
De repente, Bárbara - (2013, 12min)
SuperRio Superficções - (2016, 9min)
Supercomplexo Metropolitano Expandido - (2018, 7min)
A Cristalização de Brasília - (2019, 7min)
SITE
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Prefácio da Revista SuperRio SuperFicções
por Bernardo José De Souza
Forças obscuras movem o mundo.
Em paralelo ao que chamamos realidade, articulam-se instâncias simbólicas a operar em um plano fantasma, uma dimensão tão solerte e insidiosa quanto efetiva na orquestração do tabuleiro político que dá os rumos ao planeta Terra neste primeiro quartel do século XXI.
Para além do diapasão sociológico amparado em padrões científicos que guardam dívidas históricas com o arcabouço teórico dos novecento, desenha-se em nosso horizonte uma paisagem ficcional que desafia até mesmo as mais consolidadas leis da física, os pérfidos e malévolos fluxos econômicos e as sedimentadas, embora fantasiosas, instâncias políticas, místicas ou mesmo geográficas.
Superficções, a cosmogonia divisada por Antoine Guerreiro do Divino Amor para investigar uma realidade que subjaz a outra realidade - artificial e escamoteada - constitui uma cartografia de beleza e acuidade raras. E, por paradoxal que possa nos parecer, investir em uma breve síntese desse outro mundo - que nada mais é que o nosso próprio - demanda um pé no chão e boa dose de racionalidade, a qual talvez nos permita decifrar, ainda que apenas em alguma medida, os móveis que levaram o artista a conceber tal desvario eivado de lucidez e dotes visionários (não fosse desafiadora minha tarefa de aqui deslindar a obra do artista, estaria eu incorrendo em outra ficção, inspirado por aquela feita pelo próprio Antoine, a qual se sobrepõe à nossa para trazer à luz a mais rotineira e pura realidade).
Formado em arquitetura na École Nationale Supérieure d’Architecture de Grenoble e La Cambre Architecture de Bruxelas, Guerreiro do Divino Amor é descendente de pai europeu e mãe brasileira, ele suíço, ela carioca, um mestiço no melhor estilo pós-colonial - o nome Divino Amor foi roubado de uma de suas madrastas, pastora de igreja evangélica no Rio de Janeiro. Em seus estudos preliminares sobre esse mundo que é mais mundo, evocou os filósofos e os mestres responsáveis por conformar o universo segundo a ótica e a percepção inauguradas pela civilização ocidental. Entretanto, o cânone a reger nosso planeta desde o malfadado advento da modernidade haveria de exigir do artista uma dramática virada conceitual, de modo a lhe permitir escrutinar as velhas estruturas de poder, voláteis e obtusas, apesar de sólidas em seus ostensivos marcos estruturais - espelhos da verticalidade científica e acadêmica.
Inicialmente interessado pelo conjunto de forças a comandar os destinos e os desfechos de nossa épica desventura sobre a Terra, o artista acabou por abandonar a escala global e, por consequência, a proposição de uma nova teoria sócio-política e simbólica, de proporções megalomaníacas, para realizar sua guinada iconoclasta rumo ao sul, um retorno aos trópicos maternos, o que lhe concederia o sabor da especulação acerca das realidades novomundistas - a exemplo do que fizera Levi-Strauss há quase um século atrás.
Em seu novo contexto, banhado pela luz do sol e pelas águas equatorianas, Guerreiro do Divino Amor acabou por recobrar os olfatos e reminiscências da infância, bem como os medos, aventuras e fantasias que alimentaram sua sanha adolescente: sexo e religião embalados em um misto de euforia, transgressão e autoritarismo. E como das tensões é feito o mundo, e apenas a partir delas é possível dar o passo adiante, a reconstrução de suas próprias teorias, em solo brasileiro, aportou renovado fôlego às seminais especulações sobre as dinâmicas sociais e os abalos políticos experimentados pela humanidade.
Para enfim tangenciar a superealidade que nos põe em pé na extenuante jornada dia-após-dia, incorporou os pecados e os delitos locais, bem como os vernizes inescrupulosos de um país que insiste em fazer tábula rasa de sua experiência histórica e sempre aludir a um futuro prometido, embora jamais experimentado - daí derivam a máxima proferida pelo escritor Stefan Zweig, “Brasil, o País do futuro!”, e o bordão “50 anos em 5”, do presidente Juscelino Kubitscheck (responsável por construir Brasília neste exíguo espaço de tempo, cidade que, segundo o arquiteto Sérgio Bernardes, constituiu um fragoroso “tropeço histórico”, por N razões, entre elas a de apartar a população do eixo forte do Poder).
Já em pleno novo milênio, quando sabemos ser nossa democracia representativa uma falácia - como de resto boa parte das demais ao redor do globo -, e quando sabemos seguir sob os comandos das oligarquias que historicamente conduziram nossa pátria, bem como do monopólio midiático e de sua ardilosa disseminação das ideias reacionárias que hoje amalgamam a nação, resta imperioso buscarmos alternativas semânticas e simbólicas que possam dar conta do inferno no qual se converteu a realidade forjada por uma estrutura política fascista e velada, a qual segue pondo em marcha os sucessivos e reeditados projetos venais de poder - tudo isso para não falar no protagonismo da igreja evangélica no processo de submissão do povo às leis perversas da tributação imposta pelo “Divino”.
Superficções baixa sua lupa sobre o Rio de Janeiro, terra-síntese da brasilidade que oblitera o racismo, o preconceito e a truculência do Estado, aspergindo sobre o mundo seu antídoto à fúria das massas, e devolvendo a elas um painel cuja beleza de tintas tropicais revela-se tão sublime quanto ficcional. As categorias “sociológicas” de Guerreiro do Divino Amor vem solapar quaisquer planos de manutenção das esferas de poder outrora conhecidas, pois ele as substitui por novas, operantes abaixo e acima do reino dos meros mortais - seus efeitos gasosos e nefastos não mais podem ser sublimados, vem à tona como a lava dos vulcões, refletem alegoricamente o horror do andar de baixo, cegando, assim, quem sabe, os olhos embotados dos medalhões em seus barrocos camarotes funcionais.
Enquanto se insiste em viver no matrix da realidade inventada, sem sequer questioná-la, as superficções descortinam um novo universo, tão ativo quanto as forças de trabalho que geram as riquezas jamais vistas, sempre prometidas e nunca alcançadas. É tudo política, nos diz o Guerreiro!
Como uma espécie de esfinge com LSD na boca, ele nos indaga: abram os olhos e me respondam: ora lodo, ora purpurina, o que está a correr nas veias abertas do povo brasileiro?
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CRÍTICA - Helena Frade - Zagaia em Revista
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As Superficções do Guerreiro do Divino Amor – branquitude, superhibernação e supermessianismo
por Clarissa Diniz
Em que pese a responsabilidade de se pensar a colonialidade no Brasil – desmontando invisibilidades e reparando historicamente seus genocídios e epistemicídios –, fica cada vez mais patente a necessidade de endereçar-se não apenas ao outro do euroetnocentrismo, mas àqueles que, por seus privilégios, ocupam posições a ele contíguas. Problematizar e destituir a colonial supremacia da branquitude é inextricável do comprometimento em salvaguardar protagonismos e centralidades aos não-brancos. Na arte, a monopolização dos regimes de representação nas mãos de alguns implica, inevitavelmente, na manutenção da impossibilidade política da auto representação em geral e, com ela, na falência de qualquer representatividade. Nesse sentido, o exercício do direito à auto representação por parte daqueles que têm sido historicamente impedidos de acessá-la requer, dos que ocuparam a representação como ponto de vista, o dever de representarem a si e a suas perspectivas. Diante do despotismo de ter alçado a universal um único ponto de vista, canonizando-o enquanto a própria ideia de representação, demandar que representemos a nós mesmos parece eminentemente mais ético do que autoritário. Entretanto, é possível contar nos dedos quais são os artistas que, no Brasil, estão produzindo auto representações fora do espectro dos sujeitos cujas imagens lhes haviam sido saqueadas. Enquanto travam-se lutas pela presença de artistas negros ou indígenas e suas auto representações – ou quaisquer questões que lhes interessem para além da abordagem identitária – no âmbito da arte, em sua maioria, os artistas não-negros e não-indígenas se conservam estratégica e confortavelmente distraídos em relação ao dever político de se representarem sem ficcionalizar a coincidência de nossas imagens brancas, judaico-cristãs, patriarcais, etc, com a ideia da representação em si mesma. Sem rodeios: ainda hoje, a arte produzida no “miscigenado” Brasil não tem enfrentado a branquitude que lhe é constitutiva. É nesse contexto desértico que situa-se, por sua vez, a obra de Guerreiro do Divino Amor.
Superficções
Desde 2005, Guerreiro do Divino Amor vem realizando o projeto Superficções que, partindo de complexos urbanos, se lança sobre formas de organização social, política, econômica, religiosa, moral e cultural das cidades. Filho da ‘globalização’ e da internet, tem combinado a experiência de residir nos locais por ele ficcionalizados ao trabalho de um arqueólogo digital, que escava no emaranhado das informações da web as iconografias e os imaginários dos quais se apropria, num processo de criação em aberto que é continuamente atravessado por novos dados, configurando narrativas infinitas apresentadas em capítulos. Bruxelas, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte têm constituído, assim, diferentes portas de entrada dessa superficção que tem, como fundo, a aventura civilizacional. Não a reiteração do messianismo imperialista que anseia por hegemonia econômica, política e simbólica, mas sua problematização e sátira: é tomando o mapa mundi como pano de boca que Guerreiro do Divino Amor tem elaborado sua dramaturgia das disputas entre diferentes povos, nações, classes, grupos, indivíduos e as cosmopolíticas que nelas se chocam e que delas derivam. Colonizada pelos horizontes utópicos da harmonia social enquanto avançava o imperialismo e a expectativa de encontrar um paraíso perdido, a ficcionalização tornou-se refém tanto de um passado mítico quanto de um imaginário futurista. Vem contudo, se descolonizado desde que os édens não se mostraram localizáveis e, principalmente, quando os “bárbaros” que ocupavam as terras a ele imaginariamente destinadas insurgiram-se contra o projeto “civilizacional” euroetnocêntrico, desvelando sua ficcionalidade. Considerar ficcionais as bases epistêmicas, ontológicas e jurídicas de um mundo em franco processo de cataclisma é, evidentemente, libertar a ficção do cárcere da paz e criadoramente encarar a guerra, o apocalipse e outros fins já em curso, ficcionando o real para pensá-lo 1.
Guerra
Superficções fundamenta-se numa guerra primordial: o Superimpério versus a Supergaláxia. Ainda que assuma características específicas a cada capítulo, é, em linhas gerais, uma guerra entre “civilizações dicotômicas que lutam pelo controle do espaço e da mente dos humanos”. Enquanto a Supergaláxia se move por “impulsos descoordenados”, o Superimpério “é uma máquina de batalha racional, comandada por superconsórcios”, como revela Supercomplexo metropolitano expandido (2018), no qual São Paulo é apresentada em sua dimensão maquínica do poder, das carreiras, da meritocracia e do dinheiro. Nas disputas em jogo na pauliceia são obliterados e escamoteados os sujeitos sociais excluídos de seu projeto de sucesso: por isso, protagonizam o filme o projeto bandeirante, a escravidão, as igrejas, os jogos de sorte, os bancos, a mídia e o prefeito Dória, compondo a cartografia desse Supercomplexo interligado por superdutos e supervórtices que garantem seu funcionamento. Atento às representações de sua própria posição social, a Guerreiro interessa não só o escrutínio, como também a nominação dos sujeitos e das organizações que fazem funcionar os dispositivos de manutenção e de produção de poder que protagonizam seus filmes, dos quais os indivíduos oprimidos pelo Superimpério são, como fica também evidente em SuperRio (2015), vítima e infraestrutura.
Estética
Mais do que se apropriar de imagens recortadas de seus veículos originais e rearranjadas junto a outros elementos, nos filmes, painéis e publicações que compõem Superficções têm papel central os tratamentos aos quais são submetidas suas imagens, provocando-nos a simultânea familiaridade e estranhamento que são os fundamentos críticos do projeto. Por meio dessa estratégia de montagem se constitui – em dimensões tão objetivas quanto inconscientes – um dos terrenos centrais da batalha civilizacional entre o Superimpério e a Supercolônia: o estético. Como adverte Divino Amor, a dominação da civilização racional ambiciona “criar zonas de conforto (...) num mundo à própria imagem: liso, limpo”, por isso promovendo higienizações de toda ordem. O alvejamento social tematicamente presente em Superficções – e que em A cristalização de Brasília (2019) é metaforizado pelos vulcões de água sanitária espalhados pela capital brasileira, que embranquecem tanto as dimensões terrenas quanto espirituais da vida – é tensionado pela antieconomia estética das colagens que estruturam a narrativa dos filmes: instância onde as disputas estéticas das diferentes classes, raças e gêneros entram em evidência. Considerando que a guerra entre o Superimpério e a Supergaláxia assume feições de luta de classes, é fundamentalmente o “gosto burguês” que é a todo momento contraposto pela verborragia iconográfica dos filmes e dos painéis animados por mecanismos chineses, cuja totalidade fragmentária e assimétrica não anula, senão acentua, a dominação simbólica e a guerra cultural entre projetos civilizatórios. Em Supercomplexo metropolitano expandido, a perspectiva racionalista e ordenadora encenada pela voz em off que – maquínica e dessubjetivadamente – conduz o filme é posta em tensão por efeitos especiais aparentemente anacrônicos e por uma visualidade desobediente, excessiva, hipercolorida, que suspendem o caráter progressista e higiênico de sua retórica. Em A cristalização de Brasília, o ruído entre a lisura do tema e tessitura crítica do filme se dá com o sotaque goiano da apresentadora de traços indígenas, Sallisa Rosa, que percorre o Congresso Nacional num modelito rosa-choque; e, em SuperRIo, da imagem de uma mulher negra, Pahtchy, atuando como a “mulher do tempo”, uma histórica fetichização da branquitude machista. É também por sua inscrição no campo da arte que Superficções tensiona as disputas em torno da hegemonia simbólica, uma vez que ocupa o cubo branco e o campo social elitizado da “arte contemporânea” com imaginários que – como os anos 1980 com sua lycra neon, Xuxa ou o brega, o que nos dá a ver o bloco Bunytos de Corpo 2 – estão dele apartados por processos de distinção social, moral, cultural e política.
Messianismo
Em seu filme mais recente, Guerreiro do Divino Amor enfrenta a história da capital brasileira como ícone da branquitude messiânica. Em A cristalização de Brasília, a guerra entre o Superimpério e a Supergaláxia cede seu protagonismo para uma reflexão sobre o modus operandi da modernidade enquanto colonialidade, a qual, no Brasil, encontrou na década de 1950 seu ápice melancólico. “A superficção primordial da supernação é o supervazio”, narra o filme enquanto a voz de Vinícius de Morais declama os primeiros e constrangedores versos da Sinfonia do Alvorada (1961), composta a pedidos de Juscelino Kubitschek – “no princípio era o ermo”.
No filme, a fundação e a construção de Brasília são relacionadas com a invasão do território indígena posteriormente batizado como Brasil pelos colonizadores portugueses. Alvejando com jato de água sanitária o lugar que considera supervazio, o gesto colonial ficciona como deserto o que historicamente estava a desertificar: “não havia ninguém / a solidão mais parecia um povo inexistente dizendo coisas sobre o nada”, presume a poesia de Vinícius enquanto assume estar “tomando posse” do lugar ao nele assinalar “dois eixos que se cruzam em ângulo reto – ou seja, o próprio sinal da cruz”. A empreitada jesuítica e sua catequese, sua atualização desenvolvimentista na década de 1950 e seu ressurgimento messiânico na forma da neopentecostalização e da eleição de um autoproclamado messias para a presidência do país é o que o filme diagnostica como “febre bandeirante que se multiplica e hipnotiza, se propagando nos seres na forma de uma epidemia de Síndrome de Estocolmo”. Talvez porque crendo estar num deserto, criamos simpatia inclusive por aquilo que nos fere. Urge, assim, que floresçam as formas de vida que hibernam pelo medo de acordar.
OBRA CONVIDADA
OBRA CONVIDADA
Usina Desejo
De Amanda Seráphico, Clarissa Ribeiro e Lorran Dias
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos
Sinopse: O filme conta a história de Bill e Penélope, cineastas que moram juntos durante uma terrível era no Brasil- catástrofe. Após um desastre do Cinema e da Cultura, o emprego de Bill fica por um fio. Em plena distopia, entre as ruínas de uma indústria, Penélope o apresenta a Usina-Desejo, canal da taróloga Oráculo no Youtube. Através de uma misteriosa interatividade, Oráculo introduz a dupla a um mundo repleto de mistérios, excessos e delírios.
JUSTIFICATIVA
Usina-Desejo contra a indústria do medo traz em seu realismo fantasmagórico um sutil retrato do Brasil pandêmico, continuando assim a belíssima trajetória da Anarcafilmes nas telas do Brasil, com seu inconfundível deboche futurista.
ASSISTA À OBRA AQUI:
https://brunacypriano.github.io/anarca/