Gabriela Lamas, Maurílio Almeida, Felipe Yurgel e Guilherme Cerón

Não recomendado para menores de 16 Anos
Violência extrema

Gabriela Lamas, Maurílio Almeida, Felipe Yurgel e Guilherme Cerón

Eu não sou um robô
2021, 17min, RS
Não recomendado para menores de 16 Anos
Violência extrema

Gabriela Lamas, Maurílio Almeida, Felipe Yurgel e Guilherme Cerón

Eu não sou um robô
2021, 17min, RS
Não recomendado para menores de 16 Anos
Violência extrema
Eu não sou um robô
Eu não sou um robô
Este filme é uma experimentação sobre a solidão e o contato por meio do digital que se acentuou durante a pandemia de 2020. Ao falhar incontáveis vezes em um teste ReCAPTCHA, que diferencia humanos de robôs, a personagem Tânia se pergunta sobre o real e anseia por qualquer tipo de contato presencial e físico, deliberando sobre a vida com a visita de uma Mosca.

*Legendas EN 

Empresa Produtora: Filmes 3 de 5 e Filmes de Artifício
Direção: Gabriela Lamas
Produção: Maurilio Almeida
Produção Executiva: Maurilio Almeida
Direção de Fotografia: Lívia Pasqual
Direção de Arte: Gabriela Lamas
Som: Guilherme Cerón
Montagem / Edição: Felipe Yurgel
Elenco: Gabriela Lamas e Maurilio Almeida
Roteiro: Felipe Yurgel, Gabriela Lamas e Maurilio Almeida
Trilha Sonora Original: Guilherme Cerón
Finalização e Correção de Cor: Rafael Duarte
Design Gráfico: Luiza Padilha

BIOGRAFIA DE ARTISTA

BIOGRAFIA DE ARTISTA

Crédito da Foto: Maurilio Almeida

 

Gabriela Lamas, de São Lourenço do Sul-RS, é graduada em Cinema e Audiovisual e mestranda em Antropologia pela UFPEL. É diretora e roteirista dos curtas metragens “Sesmaria” (2015), com o qual participou de diversos festivais no Brasil e no exterior, “Demônios de Virgínia”(2017), e “Eu não sou um robô”(2021). Trabalha com direção de arte desde 2013, assinando a arte de curtas como “Nua Por Dentro do Couro”(Lucas Sá, 2013), Guará(Fabrício Cordeiro, Luciano Evangelista, 2019), do clipe “Deixa Brincar” (Martino Piccinini, 2019) do Bloco da Laje, da série “Oráculo das Borboletas Amarelas” (Tatiana Nequete, inédita) e de outros projetos como capas de discos, espetáculos teatrais, shows musicais. Gabriela atua também na área da música como cantora e compositora, tendo participado como integrante da banda do Grupo Tholl em 2010, do grupo Maximiliano Blues, do espetáculo teatral “Cabaré Aurora”(Martha Grill, 2012) e, atualmente, da banda As Longas Viagens, além de seus projetos solo.

FILMOGRAFIA

Sesmaria - (2015, 23min)
Demônios de Virgínia - (2017, 19min)
Eu não sou um robô - (2021, 17min)

Maurilio Almeida

Filho de nordestinos, nascido em São Paulo e residente no Rio Grande do Sul desde 2002, Maurilio é músico e compositor com dois álbuns lançados pelo projeto "As Longas Viagens" onde, além de vocalista, assina a composição de todas as músicas. Fez a trilha sonora dos curtas metragem "Sesmaria" (2016) e "Demônios de Virgínia" (2017). Como roteirista, escreveu juntamente com Gabriela Lamas, "Demônios de Virgínia" lançado em 2017 e o curta, ainda inédito, " Dias de Janeiro", do qual também foi diretor. Também dirigiu o clipe de "Amantes" e montou " Sede de Sangue", ambos do projeto "As Longas Viagens".

FILMOGRAFIA

Sesmaria - (2015, 23min)
Demônios de Virgínia - (2017, 19min)
Amantes - (2019, 5min) 
Sede de Sangue - (2019, 5min) 
Dias de Janeiro - (inédito, 11min)

Crédito da Foto: Ricardo Ara

Crédito da Foto: Lauro Maia

Felipe Yurgel

Nascido e criado em Pelotas/RS. Fotógrafo de shows autorais do circuito independente desde 2013, começo a desenvolver meu trabalho audiovisual nesse contexto. Entre os anos de 2014 e 2019 assinei direção, direção de fotografia e montagem dos vídeos do projeto Vapor Sessions promovido pelo A Vapor estúdio em pelotas com o intuito de registrar a produção musical na região. Bacharel em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal de Pelotas, assinei direção nos curtas "O Burro Só Empaca Quando Não Tem Vontade" (2017), "Adeus Você" (2018), Lá Embaixo é uma Linha Reta (2020) e "Milonga Lejana" (2021), direção de fotografia em "Raposa" (2015) e "Quando Pisei em Marte" (2016), montagem em "Aurora" (2016), "Eu Não Sou um Robô" (2020) e "Milonga Lejana" (2021). Em "Eu Não Sou um Robô" também assino roteiro. Durante esse período realizei videoclipes de artistas gaúchos como Juliano Guerra, As Longas Viagens, Massimiliano e Vacamarela.

FILMOGRAFIA

Raposa - (2015, 2min)
Quando Pisei em Marte - (2016, 5min)
Aurora - (2016, 12min)
O Burro Só Empaca Quando Não Tem Vontade - (2017, 1min)
Adeus Você - (2018, 15min)
Lá Embaixo é uma Linha Reta - (2020, 30min)
Milonga Lejana - (2021, 20min)

SITE

Guilherme Cerón

Contrabaixista e produtor musical, formado em licenciatura em música pela UFPel. Premiado com Grammy Latino como produtor e músico, pelo disco Derivacivilização de Ian Ramil. Participou de diversos trabalhos de música regional gaúcha, jazz, rock e mpb. Hoje, atua como músico e produtor musical de artistas independentes da cena de Porto Alegre. Compôs para diversas trilhas de teatro e cinema. Possui discos de improviso gravados com o trio CeronFlachNeves. Como produtor musical, produziu artistas de diversos gêneros como: Arismar do Espirito Santo, Mestre Paraquedas, Grupo Três Marias, Alívio, Instrumental Picumã, Pedro Borghetti, Erick Endres, Poty, Carina Levitan, Cláudio Levitan, Paola Kirst, Raineri Spohr, As longas viagens, Juliana Cortes, Rodrigo Madrid, João Ortácio, Thiago Ramil, Tiago Oliveira, OBSP, Rafa Costa, Fabricio Gambogi, Xana Gallo, Isabella Moraes, Saulo Fietz, Ian Ramil e Arthur Martau.

Alguns discos produzidos por Guilherme Cerón 

Derivacivilização, de Ian Ramil 
EmFrente, de Thiago Ramil 
Abismo, de As longas viagens
OBSP
Assista aqui o MakingOf do álbum visual do quarteto OBSP 
Fôlego, de Alívio
Assista aqui o Mini Documentário do álbum Fôlego da banda Alívio 
CeronFlachNeves 
Um Certo Sul, de Raineri Spohr
Linhas de Tempo, Pedro Borghetti 
Percepção, de Poty 
Plus A+ , de Arthur Martau 

FILMOGRAFIA - Guilherme Cerón (trilha sonora)

Sioma, O Papel da Fotografia - (2014, 15min)  
Legalidade - (2019, 122min)
Eu não sou um robô - (2021, 16min)

Crédito da Foto: Yule Aureh

 

TRAILER
CONFIRA A ENTREVISTA DA EQUIPE PARA O CEN

 

COMENTÁRIO DES ARTISTAS

Gabriela Lamas, Maurílio Almeida e Felipe Yurgel fizeram diversas reuniões online para escrever "Eu Não Sou Um Robô". O filme foi, então, gravado com uma equipe de 3 pessoas, sendo elas a diretora Gabriela Lamas e o roteirista Maurílio Almeida, que também atuam como os personagens Tânia e Mosca, e a diretora de fotografia Lívia Pasqual. Áudios de WhatsApp de amigos sendo interpretadas através de um fone de ouvido escondido além de falas livres sobre o que a Gabriela pensava no momento compuseram os diálogos de Eu não sou um robô, com uma personagem verborrágica e pouco disposta a escutar, que encontra um "ombro amigo", ou mais que isso, em uma mosca que mexe no seu lixo. Com referências à obra de David Cronenberg e alguns efeitos especiais toscos feitos por vontade de fazer, no boom de podcasts e séries, tudo se misturava com o fantasioso podcast animado de The Midnight Gospel. Em relação à Mosca, esse ser fantástico, foram muitas as discussões para delimitar a personalidade do personagem e os limites de sua física. Optamos por fornecer motivos concretos e "realistas" para a presença da Mosca no apartamento de Tânia (se alimentar do lixo dela e aguardar diminuir a fila em outro apartamente onde outras moscas se alimentam de um corpo em decomposição). Optamos por não fornecer uma voz humana para a Mosca, mas sons criados por um instrumento musical, que acabou sendo contrabaixo elétrico e acústico, por decisão do Guilherme Ceron, que criou e gravou a trilha sonora e voz da Mosca. Esses sons foram, então, legendados com a tradução das falas da mosca, buscando manter um ritmo e sonoridade semelhante a uma voz falante.

 

FELIPE YURGEL SOBRE PROCESSO DE “EU NÃO SOU UM ROBÔ”

Eu Não Sou um Robô surge a partir da vontade de seguir trabalhando junto com Gabriela e

Maurilio. No meio de 2020, após a produção do curta-metragem "Lá Embaixo é uma Linha Reta" que fizemos para a banda As Longas Viagens, entendemos que, com as limitações impostas pela pandemia, a produção à distância e com uma comunicação 100% digital era uma forma de nos sentirmos próximos e de afastar um pouco da sensação de fim de mundo  que segue tomando conta do país até hoje. Nos reunimos via zoom e somamos as ideias que acabaram resultando em Eu Não Sou um Robô. Maurilio tinha uma ideia sobre uma pessoa que não consegue resolver um captcha e esse evento serve para colocar em dúvida a humanidade dessa pessoa. Gabriela tinha uma ideia de contar a história de uma mulher que, em isolamento, percebia uma invasão de moscas no prédio onde mora e começava uma investigação acerca do motivo, uma morte se uma senhora que também estava isolada. Quando a ideia das moscas surgiu, lembrei de um tempo distante onde podiamos nos juntar. Em um desses encontros, Gabriela mostrou uma cabeça de mosca que havia produzido. Me lembrei dela com a cabeça de mosca falando e aí sugeri que a personagem se comunicasse com essa mosca, desenvolvesse uma relação e, juntando com a ideia de Maurilio, colocasse à prova sua humanidade, refletindo sobre o real e sobre a vida que se leva. Juntamos as três ideias e em duas semanas produzimos "Eu Não Sou um Robô". Eles em Porto Alegre, eu em Pelotas. Transferências de arquivos por nuvens. Reuniões travadas no zoom . Boas risadas e problemas de adaptação aos meios de comunicação possíveis e com a distância entre o montador e a diretora no processo da montagem regeram o processo de execução desse filme em uma época que esperamos que passe logo.

 

MAURÍLIO ALMEIDA SOBRE “EU NÃO SOU UM ROBÔ”

Eu tinha um roteiro chamado "eu não sou um robô" que se passava num grande escritório onde a personagem sofria uma síndrome do pânico ao não conseguir resolver um teste de captcha. Durante o episódio de pânico, a personagem questionava tudo a sua volta e a possibilidade de realmente não ser humana. Outro gatilho era o personagem do vigía do grande escritório que realmente teria aspecto meio robótico, meio zumbi. No entanto, após a conversa entre eles seria revelado que o vigía na realidade trabalha dois turnos e jamais dorme, sendo seu aspecto robótico fruto da jornada dupla de trabalho. Ou seja, a ideia era tratar de exploração da força de trabalho, alienação e demais consequências trazidas pelas revoluções tecnológicas em contraponto aos direitos trabalhistas e bem estar do trabalhador. Quando a pandemia iniciou e decidimos realizar um curta, esse roteiro foi o escolhido para trabalharmos. No entanto, já havia a realidade do home office e novas relações de trabalho em face da pandemia. Além disso, o confinamento nos forçou a adaptar a ideia para a nova realidade. A Gabriela Lamas trouxe uma ideia de roteiro na qual durante a pandemia, muitas moscas começariam a aparecer no apartamento da personagem que após um tempo começaria a especular que algum vizinho havia morrido e estava a decompor sem que ninguém pudesse sair de casa para tratar disso. A ideia era boa e o Felipe Yurgel já imaginou uma mosca humana que conversaria com a personagem, trazendo um elemento surrealista e quase cômico à historia. Portanto, "eu não sou um robô" surgiu dessas três ideias e evolui a partir disso. A personagem após o gatilho causado pela incapacidade de resolver o teste de captcha, encontra uma mosca em sua cozinha e eles passam a conversar sobre diversos assuntos. Para os diálogos entre os personagens, pensamos em pedir para alguns conhecidos enviar audios via whatsapp, de seus pensamentos e vivência sobre diversos temas que nos interessava no processo: pandemia, percepção da realidade, política, alimentação etc, e esses áudios serviriam de material para o filme. Uma influência para esse processo de criação coletiva dos diálogos foi a série "Midnight Gospel". Outro aspecto importante para o roteiro foi a decisão de transformar a solidão da personagem, talvez motivada pelo isolamento social ou apenas como sintoma paradigmático do distanciamento humano em tempos de hiperconectividade, em uma relação quase amorosa entre ela e a Mosca, fazendo com que Tânia decida arrancar seu dedo na esperança de receber outra visita da Mosca e fugir novamente ao ambiente de isolamento.

 

GABRIELA LAMAS SOBRE PROCESSOS E SOBRE MÁSCARAS

Venho me interessado por máscaras. Gosto de criar coisas com as mãos, e esse é um dos meus maiores interesses na direção de arte: pensar coisas que posso criar com as mãos. Tentar materiais, pensar formas, tanto para efeitos (toscos ou não) quanto para adereços. Máscaras, que são essa forma de usar a arte na cara, me chamam a atenção há alguns anos, principalmente com jeitos e formas animalescas. Me lembro dos carnavais na minha infância em São Lourenço do Sul, onde os mascarados com fronhas que tinham olhos cordados e orelhas amarradas fingiam ser quem não são. Depois as máscaras foram proibidas, ao que parece dava muito problema para a ordem geral. O que faz uma máscara com quem a veste? Foi nesse processo que eu criei a máscara da Mosca, sem saber ainda onde usaria. Feita de papel machê, latex líquido, tecidos brilhosos para os olhos. Ela ficava pela nossa casa, sendo usada em momentos estranhos como jantas com os amigos. Claro que era referência clara ao A Mosca do Cronenberg, mas queria tentar uma mosca mais baseada na anatomia de uma cabeça de mosca real, e que lembrou bastante os A Mosca anteriores, como o de 1958, dirigido por Kurt Neumann. Com a comicidade dos efeitos especiais da época. Nas minhas experimentações com máscaras fiz uma máscara sobre a restauração da pintura do Ecce Homo (aquele meme), que foi utilizada em fotos de capa de dois discos da banda As Longas Viagens, em criação de conceito coletiva com o Ricardo Ara e o Maurílio Almeida. A máscara foi feita de papel machê, e virou um personagem dos discos. Também criei máscaras para o espetáculo “Corpo-Espaço”, do grupo As Tubas. Essas foram criadas a partir de pedaços de bonecas, recortes de revistas e látex, e feitas sob medida para o rosto de cada uma. Também fui convidada para criar um lobisomem guará para o filme “Guará”, gravado em Goiânia em 2019 e dirigido por Luciano Evangelista e Fabrício Cordeiro. Tudo isso envolvendo máscaras. Fiz mascarados para o clipe de “Abismo” de As Longas Viagens, baseados naqueles que lembrava de São Lourenço, que ficavam mascarados pra poder “meter um loco”, sem que ninguém da cidade pequena reconhecesse. Estava e estive criando e pensando e pesquisando sobre máscaras. A partir de uma ideia de fazer um filme em quarentena sobre moscas no banheiro (pensando na morte que nos rodeava), foi que o Felipe Yurgel sugeriu de usarmos a máscara da mosca que conversaria com a personagem principal. Acredito que esse filme foi uma tentativa de pensar sobre a solidão e a necessidade de qualquer contato físico, dialógico, espiritual com alguém ou algum ser. Sobre o quanto tentamos manter a proximidade nesta solidão, sobre pensamentos que precisam ser compartilhados. Sobre podcasts. Sobre nossas pequenezas. Sobre conversar. Pensando sobre conversas, para compôr o roteiro, fui pedindo áudios no WhatsApp para amigos, sobre conversas que já havíamos tido, mas pedi que me relembrassem. Acho que tudo na vontade de estar perto. E para gravar o filme, ouvi os áudios num fone de ouvido escondido e fui simplesmente repetindo, palavra por palavra que disseram, na mesma entonação. Algumas partes do diálogo acrescentei eu, falando sobre o que vinha na minha cabeça, principalmente em relação ao mestrado em antropologia, que recém começava na época, e tanto me deixava absorta em pensamentos (pensamentos os quais hoje já questiono, mas é importante assim mesmo, afinal, pensar e mudar) e que não conseguia compartilhar do jeito que gostaria, com amigos e colegas em uma mesa de bar. Como diretora, neste filme, quis manter a leveza, um pouco de comédia, ir para o máximo da simplicidade que pude. Felizmente a Lívia Pasqual aceitou esse desafio de gravar um filme de uma hora pra outra, apenas entre três (eu, ela e o Maurílio), um filme que foi se criando no processo de realizar. E nos divertimos com todas as cores que ela acrescentou, nos dirigindo no set quando não nos víamos, fazendo toda a luz, operando a câmera, decupando comigo, botando fé. E me senti muito a vontade, inclusive para atuar pela primeira vez em um filme. Tanto já odiei minha imagem fotografada, gravada. Foi um exercício me ver assim. E gostei.

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS CABEÇAS ANIMALESCAS

Artista Júlia Malkova


https://www.instagram.com/jmalkova/

 

Artista Masha Bogoraz

https://www.instagram.com/bogoraz/

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Confecção de cabeção de papel machê e direção de arte para capa do disco "Conquista do Inútil" da banda As Longas Viagens

Criação e confecção de máscaras para o show Corpo | Espaço do grupo musical As Tubas 

Máscaras para o álbum “Abismo”, da banda As Longas Viagens – Direção de Felipe Yurgel


 

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ALGUMAS REFERÊNCIAS PARA A TRILHA SONORA

Arismar do Espírito Santo

Produzido por Guilherme Cerón

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Aura Sound of Yves Montand, de Hermeto Pascoal

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Weval, Someday

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BANDA AS LONGAS VIAGENS

Abismo - álbum visual completo

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A Conquista do Inútil - álbum completo

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A Outra Cabeça (QUE ÓDIO!) - videoclipe

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Sede de Sangue - videoclipe

 

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Lá Embaixo é Uma Linha Reta - Documentário feito pela banda

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FILMES E SÉRIE DE REFERÊNCIA

Otésanek, de Jan Svankmajer

Justificativa: Este filme me marcou pela construção da relação entre a mulher e a raiz seca a qual acredita ser seu filho, e para a qual demanda tanto afeto que acaba lhe dando vida. Gosto muito da forma como a fantasia é colocada de uma forma super crua neste filme. Uma relação humano x não humano pode se dar em diversas circunstâncias, nesse caso essa relação entre a mulher e a raiz se dá por um trauma da personagem. Gosto desse viés fantástico em que relações profundas se dão entre seres que não parecem ser possíveis, sem questionar qual é a realidade, mas sim a potência dessa relação.

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The Midnight Gospel - Temporada 1 (2020) Série Audiovisual

Justificativa: Na série de animação o personagem principal vive num planeta distante e utilizando um simulador de realidades, em outros planetas se encontra com diversos personagens, criaturas fantásticas, e refletem sobre vários temas relacionados à experiência humana. Os diálogos entre os personagens foram criados a partir de uma série de entrevistas em formato de podcast e utiliza as vozes reais dos entrevistados.

Na criação do nosso filme, buscamos trazer as reflexões de alguns amigos a respeito dos temas seriam discutidos entre Tânia e a Mosca. Recebemos áudios de whatsapp que compuseram quase todas as falas do filme. No processo de montagem foi discutido se esse recurso seria mostrado ao público e, em caso positivo, onde e como. Após alguns testes, foi decidido utilizar os áudios originais durante os créditos finais para que o espectador pudesse compreender de onde vieram as reflexões, no desejo de enriquecer a experiência do filme.

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Videodrome, de David Cronenberg

Justificativa: Foram utilizadas mais de uma obra do diretor David Cronenberg como referência para a concepção do roteiro e da arte, são obras que permeiam o imaginário dos realizadores. Filmes como Videodrome, Existenz e mesmo A Mosca forneceram muito dos pilares para a reflexão sobre "realidade" e os limites do corpo e da mente.

A primeira questão do nosso filme, que se relaciona principalmente com Videodrome, era a possibilidade de que Tânia, ao não conseguir resolver o teste de CAPTCHA, poderia realmente ser um robô e não o sendo, pelo menos passou a questionar o que a fazia se ver como ser humano e os limites daquilo que ela concebia por realidade.

***   

Ghost: do outro lado da vida, de Jerry Zucker

Justificativa: Desde o início, a referência para o momento onde a Mosca auxilia Tânia a resolver o teste de CAPTCHA, foi a clássica cena onde Demi Moore e Patrick Swayze moldam um vaso de cerâmica abraçados numa explosão de sentimento e sensualidade. Além da presença do sobrenatural, que nada mais é do que uma possível extrapolação à nossa percepção ou conhecimento da realidade. A equipe se referia essa cena como "cena ghost".

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OUTROS TRABALHOS

Direção de Arte e Confecção de Lobo Guará para curta metragem “Guará” 

“Sesmaria” (Gabriela Richter Lamas, 2015, 22min)

Entrevista sobre “Sesmaria” – Kinoforum

OBRA CONVIDADA

OBRA CONVIDADA

Esqueceram de me emoldurar
De Analu Favretto (2020, 10min, SC e RS)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA - Livre

Sinopse: Ana não consegue controlar seu desaparecimento. Por entre janelas, seu corpo vai escorregando da materialidade.
JUSTIFICATIVA

Entendemos que "Esqueceram de me emoldurar" conversa com a nossa obra na forma de falar sobre o isolamento e sobre o aumento do uso das tecnologias digitais e do vídeo, não só no período de pandemia, mas em constante crescente de forma geral, utilizando-se do fantástico. Nossas imagens duplicadas, nossos espelhos, nossos vídeos, nossas auto-representações. Nossos desaparecimentos e nossas solidões compartilhadas.