Seminário Pensar a Imagem - Espectatorialidades e apropriações queer das imagens

A mesa será dedicada ao debate sobre a apropriação de repertórios audiovisuais como procedimento que atravessa as instâncias de produção, circulação e consumo cultural. A proposta é pensar a formação de repertórios como rede de relações que conecta diferentes temporalidades e sensibilidades, além da inadequação e do desvio como elementos para pensar as práticas de apropriação queer. Um aspecto importante para a discussão é a relação do prazer e do desfrute no desvio na marginalidade e na contravenção. Como construir universos que permitam desobediência, contradição, imperfeição, pecado, pessimismo, erro e fracasso que possam ser celebrados? Como pensar, por exemplo, nos criminal queers? Como considerar a potência política de repertórios queer que podem desestabilizar, se perder e que não necessariamente precisam responder ou educar?

CONVIDADOS

Fabio Ramalho é professor do curso de Cinema e Audiovisual e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos (PPGIELA) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). É doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde desenvolveu tese acerca da apropriação e o deslocamento de repertórios audiovisuais como modos de engajamento afetivo. Realizou estágio doutoral na McGill University, em Montréal, Canadá. É um dos coordenadores do Grupo de pesquisa NATLA - Núcleo de Arte e Tecnologia Latino-Americano, e codiretor da Imagofagia - Revista de la Asociación Argentina de Estudios de Cine y Audiovisual. Ensaísta premiado no II Concurso de Ensaios Mário Pedrosa sobre Arte e Cultura Contemporânea. Membro fundador do coletivo independente de realização audiovisual Surto & Deslumbramento.

Márcio Reolon e Felipe Matzembacher são roteiristas e realizadores de cinema de Porto Alegre. O primeiro longa-metragem da dupla, Beira mar, estreou na Mostra Forum do Festival de Berlim em 2015 e ganhou o prêmio de Melhor Filme –  Mostra Novos Rumos no Festival do Rio. O segundo, Tinta Bruta, foi premiado com o Teddy Award, também na Berlinale.

Fotos: Divulgaçao/
Daniel de Bem/
Lora Kihn

CURADORIA E PRODUÇÃO

Gabriela Almeida é professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM (PPGCOM). Integra a diretoria da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), na gestão 2019-2021, e coordena do Grupo de Pesquisa Estéticas, Políticas do corpo e Gêneros na Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Integra também a Latin American Studies Association (LASA) e rede de pesquisadores e artistas Radical Film Network (RFN). É doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio na Universitat Autònoma de Barcelona (UAB). É autora do livro O ensaio fílmico ou o cinema à deriva (Ed. Alameda, 2018) e co-organizadora da coletânea Comunicação, estética e política: epistemologias, problemas e pesquisas (Ed. Appris, 2020).

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