Cine Esquema Novo - Arte Audiovisual Brasileira 2018

Um festival de arte audiovisual em pleno The Times They Are A Changin', como a canção de Bob Dylan, do nosso Brasil. E a pergunta essencial consequente: o que é necessário dizer? Ou sobretudo, fazer? Ou mais especificamente, exibir?

Ao conceber este texto que você lê neste momento, deparamo-nos com o nosso passado recente. Com aquilo que escrevemos e organizamos, nas últimas edições, para partilhar com o mundo enquanto proposta e olhar curatorial para o CEN. Queríamos, como sempre acontece, dar continuidade a um fio condutor maior, a algo que extrapola a edição de um ano específico: esta é uma narrativa que cresce, se transforma, já há 15 anos. Que acompanha o tempo. O Tempo que sopra a mudança. They Are A Changin’.

E qual foi a nossa surpresa ao perceber que falar em “resistência” hoje, já não tem o mesmo significado do que em 2016 ou mesmo 2017.

No CEN de 2016 (nossa última edição), o tema da resistência já lá estava em letras garrafais. Não apenas para falar de resistência em termos de preservação da diversidade da linguagem audiovisual, algo que nos define enquanto festival, mas também de resistência para assegurar diferentes formas de ver o mundo, de buscar o equilíbrio, de sublimar antagonismos. De ser e fazer política. De ser e fazer tudo. Algo que também nos define. Dissemos:

Resistência da película num mundo digitalizado, resistência da arte em meio a ataques censores, resistência das liberdades versus o moralismo retrógrado, resistência política (e tudo é política) diante de uma nova onda conservadora tsunâmica. Queremos acreditar que a programação que preparamos para esta edição atua como uma barreira que protege os nossos mais lindos delírios. (...) Nelas, há guerra. Há resistência. Delas, emerge uma política-estética multi e transgênero, indígena, anárquica, reminiscêntica, desbocada, ética, amoral. Uma poética apocalíptica. Que mesmo quando não é, é. (...) Porque a vida, e por consequência a arte, é feita de realidade mas também de sonho. E onde termina um, e começa o outro? Eis o mistério que transforma o delírio em mudança; eis a necessidade de “construir a barreira” que o faz resistir.

 

O primeiro pensamento para este ano seria: “se esta foi a nossa mensagem em 2016, qual não seria a nossa mensagem em 2018 senão a necessidade de resistir?”

Mas parece-nos que este não deve ser o pensamento agora. Talvez seja mesmo bom não falarmos de “resistência” enquanto o verniz que cola e dá unidade ao CEN 2018. Pois é preciso facilitar a próxima fase: passar da catarse para a construção.

Acreditamos que “resistir” não é mais a única coisa que precisamos dizer, fazer ou exibir neste momento. Até porque, no nosso íntimo, isso estará sempre subjacente. A mudança impôs-se como realidade. O que fazer com ela? O que dizer, fazer e exibir enquanto um festival que sempre quis construir pontes, e não cavar fossas ou levantar muros?

A produção selecionada para este ano evidentemente grita por socorro, sente dor, faz alertas, escancara absurdos e satiriza. Mas lentamente (até por representar um período da produção brasileira ligeiramente anterior ao auge da loucura instaurada nos corações e mentes dos brasileiros nos últimos meses) procura levar todo este caos para outro lugar. 

Os ventos da mudança também sopraram sobre a Mostra Competitiva Brasil do CEN e este ano a curadoria foi reconfigurada e composta pelos organizadores do festival, Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo, e pelo convidado e parceiro Vinícius Lopes da produtora Pátio Vazio. A mostra, que é o cerne e o coração do CEN, sempre teve como característica refletir a sociedade brasileira e a beleza da sua pluralidade - são índios, negros, mulheres, trans, imigrantes nos mais diversos retratos nas telas e também retratando suas realidades. Pertencimento, queer, religiosidade, memória, colonialismo, ancestralidade, cultura pop e pastiche, especulação imobiliária, crítica ao agro - esses são apenas uma amostra dos assuntos tratados nessa seleção de 39 obras. Foram 875 inscrições - 666 curtas e médias-metragens, 103 longas-metragens e  106 videoinstalações, vídeo performances e performances de 24 Estados. Um panorama bem amplo do que nós brasileiros estamos produzindo no momento.

Entre os selecionados, um belo diálogo com realizadores de muitos estados do nordeste e centro-oeste. A lista conta com 13 projetos dirigidos por grupos, 13 realizadoras e 36 realizadores de onze estados e nove produções assinadas por brasileiros realizadas no exterior, de obras extremamente posicionadas e políticas - independente de sua linguagem. Mais brasileiros do que nunca - aproximando fronteiras e sotaques, representando os quatro cantos do país, expondo tanto nossas raízes quanto nossos seres contemporâneos, numa miscelânea antropofágica que daria orgulho a Oswald de Andrade. Mais que resistir, nossa missão como um festival de Arte Audiovisual Brasileira foi cumprida: retratamos nossa existência. E independente de para onde nossa política levará nosso país, seguiremos existindo.

Nosso artista convidado desta edição, o alemão Philip Widmann, apresenta a Mostra Topographical Translations, que reúne trabalhos de sua autoria e de outros artistas que tentam situar questões de representatividade e inteligibilidade. Em sua obra, Widmann questiona uma troca de experiência entre culturas, linguagens e presenças, assim como explora as possibilidades de uma mediação que transcende as subjetividades individuais. Um histórico acadêmico em Antropologia Cultural informa sua prática em formas documentais ensaística e experimental na mesma medida. Neste contínuo movimento de busca, Widmann localiza o campo de suas explorações firmemente no chão, mesmo que os temas com os quais ele lida subam até o céu ou já tenham deixado o mundo material e visível, pois elas existem.

O Duo Strangloscope, dos realizadores Cláudia Cárdenas & Rafael Schilchting, parceiros de longa data do CEN, apresenta uma mostra especial este ano. Existir/Resistir traz à tona questionamentos e diálogos que surgem em tempos de mudança. The Times, They Are a  Changin’. Como persistir, resistir, prosseguir em tempos de crise, guerrilha urbana, catástrofe? Como pensar política hoje? Como pensar arte e política?  Como pensar a alteridade? Como trabalhar e criar junto? O que fazemos e em que pensamos quando construímos imagens? Como somos construídos a partir de imagens?

Como pensar uma nova forma de existir em meio ao que vivemos?

Existindo e criando. “Criar formas e sons é habitá-los e por eles sermos habitados. As paisagens/imagens visuais e sonoras são um dos modos da presença que tornam uma só a realidade do objeto em si e a sua existência.  Imaginar é ausentar-se, é lançar-se a uma vida nova”.

E na busca de novas formas e maneiras de existência e resistência, nossas atividades formativas também vêm ao encontro desses questionamentos. A Oficina Câmera Causa, ministrada por Gustavo Spolidoro e Jadhe Fucilini, proporciona a grupos em vulnerabilidade social, entidades assistenciais, grupos, escolas e entidades com trabalho social, um processo de compreensão e realização audiovisual que ajude estes coletivos a ampliar suas lutas e torná-las cada vez mais públicas e reconhecidas. Instrumentalizando esses personagens quase sempre sem voz, o projeto oferece um espaço antes não alcançado por esses grupos, onde são representados. A existência é viralizada. Uma oportunidade de quem sempre é não-visto de abrir janelas de um conteúdo criado por estes grupos, de forma independente, autoral e livre.

O jornalista e crítico de cinema Daniel Feix traz uma análise sobre a produção contemporânea audiovisual brasileira em sua oficina Crítica no Brasil Hoje, apresentando tanto o que se produz na atualidade no nosso país como uma nova maneira de analisar contemporaneamente essas produções. The Times, They Are a Changin’. Já não fazemos filmes como antigamente, muito menos os assistimos e pensamos sobre eles da mesma maneira. É preciso também repensar como analisamos e criticamos.

A imagem na contemporaneidade também é tema do Seminário Pensar a Imagem, com a artista visual, professora de Artes Visuais na  UFRGS Elaine Tedesco, professor da Unisinos e Doutorando em Poéticas Visuais pela UFRGS James Zortéa e a jornalista, doutora em cinema e professora da PUCRS Maria Henriqueta Creidy Satt. Uma reflexão sobre a imagem contemporânea, abordando especificidades teóricas, técnicas, conceituais, narrativas e de circulação, entre outros aspectos, associados à produção autoral e experimental de imagens no século 21.

Existir é mais do que nunca nossa resistência nesses tempos de mudança. Nos questionarmos e irmos em busca de novas respostas e pontos de vista, nossa missão necessária para nos mantermos presentes, existentes e produzindo. Que esta edição do Cine Esquema Novo 2018 seja tão inspiradora para cada pessoa presente em nossas atividades quanto tem sido para nós esta construção e troca.

E para sobreviver aos ventos da mudança, um pouco da sabedoria de Brecht para iluminar nosso caminho:

“Nossos inimigos dizem: a luta terminou.

Mas nós dizemos: ela começou.

Nossos inimigos dizem: a verdade está liquidada.

Mas nós sabemos: nós a sabemos ainda.

Nossos inimigos dizem: mesmo que ainda se conheça a verdade

ela não pode mais ser divulgada.

Mas nós a divulgaremos.

É a véspera da batalha.

É a preparação de nossos quadros.

É o estudo do plano de luta.

É o dia antes da queda de nossos inimigos.

De todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida.”

 

Cine Esquema Novo:

Alisson Avila, Gustavo Spolidoro, Jaqueline Beltrame, Ramiro Azevedo

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O Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira 2018 ocorre entre os dias 22 e 28 de novembro, com atividades gratuitas na Cinemateca Capitólio Petrobras, Goethe-Institut Porto Alegre e Ocupação Utopia e Luta. São três mostras, duas oficinas e dois seminários que integram a programação do evento, que em 2018 completa 15 anos de existência e chega a sua 12ª edição.

A programação do Cine Esquema Novo inicia em grande estilo, com uma sessão de abertura especial: no dia 22 de novembro às 20h na Cinemateca Capitólio o público poderá conferir o show do trio instrumental Reverba Trio, Por um Punhado de Trilhas, onde o grupo executa versões de grandes clássicos do cinema, como O Poderoso Chefão, Tubarão, Amarcord, Blade RunnerA Primeira Noite de um Homem e ET, o extraterrestre. Os arranjos compostos tradicionalmente para grandes orquestras foram convertidos para o formato power trio formado pelo guitarrista Julio Cascaes, o baixista Régis Sam e o baterista Gustavo Telles. Por um Punhado de Trilhas contará com projeções e imagens selecionadas por Carolina Grimm.  

Após a apresentação, a Mostra Competitiva Brasil abre sua programação às 21h com a exibição de A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra. A Mostra Competitiva Brasil apresenta 39 obras – 35 exibidas na Cinemateca Capitólio e quatro videoinstalações expostas no Goethe Institut, corealizadores do CEN 2018. seleção conta com 13 projetos dirigidos por grupos, 13 realizadoras e 36 realizadores.

Serão 35 obras exibidas na Cinemateca Capitólio e quatro videoinstalações que serão expostas no Goethe-Institut Porto Alegre, co-realizadores do CEN 2018. A seleção conta com 13 projetos dirigidos por grupos, 13 realizadoras e 36 realizadores. Temáticas como feminismo, empoderamento da negritude, política atual, colonialismo, questões indígenas, pertencimento, religião, queer, entre outras, pautam os títulos selecionados de onze Estados brasileiros e nove produções assinadas por brasileiros realizadas no exterior (ou em coprodução internacional).

“Neste amplo panorama da recente produção autoral e independente do país, fica bastante claro que será uma edição extremamente posicionada e política”, afirmam os curadores que assinam a seleção, Jaqueline Beltrame, Ramiro Azevedo e Vinicius Lopes.  A lista integra títulos como “Sol Alegria”, de Tavinho Teixeira e sua filha Mariah Teixeira, uma ficção científica lo-fi, onde uma família nada tradicional corre por um país dominado por uma junta militar e pastores corruptos; “Supercomplexo Metropolitano Expandido”, de Guerreiro do Divino Amor, que investiga como forças ocultas e ficções de diferentes naturezas, sejam elas geográficas, sociais, midiáticas, políticas ou religiosas, interferem na construção do território e do imaginário coletivo a ideia de cidade-máquina em São Paulo; e “Azougue Nazaré” de Tiago Melo, eleito o melhor filme da mostra Bright Future da 47ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdã,  que incorpora elementos sobrenaturais em um retrato quase antropológico de uma pequena comunidade canavieira, dividida entre o Maracatu e o evangelismo.

Destaque também para “Majur”, documentário de Rafael Irineu Alves Lacerda que mostra um ano na  vida de Majur, chefe de comunicação de uma aldeia no interior do Mato Grosso; “O Peixe”, curta-metragem documental experimental que retrata uma vila de pescadores que tem o ritual de abraçar os peixes ao pesca-los; além de “Terremoto Santo” de Bárbara Wagner & Benjamin de Burca, um curta musical com jovens cantores da cena da música evangélica da cidade de Palmares em Pernambuco, explorando com poesia e uma direção de fotografia muito autêntica a cultura evangélica do país.

O festival que, há quinze anos e onze edições derruba as barreiras simbólicas e experienciais entre o cinema e as artes visuais para exibir obras tanto na tradicional sala de cinema quanto em galerias de arte e espaços públicos, apresentará a performance “Título Provisório Para Obras de Formação Indeterminada”, de Marcelo Birck. Realizada em tempo real, exibe animações feitas à mão em super-8, antigas lâminas de lanterna mágica, e slides encontrados com som gerado a partir de um processo similar à montagem do cinema, transposto para outro material: vinis cortados a laser e recolados.

Entre os realizadores gaúchos, destacam-se “Tinta Bruta”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, premiado como Melhor Longa Metragem no 68º Festival Internacional de Cinema de Berlim e “Música para quando as luzes se apagam” de Ismael Canepppelle.

O público poderá conferir três filmes com sessões acessíveis na Cinemateca Capitólio Petrobras: no dia 23 de novembro, às 17h, será exibido o longa A Cidade dos Piratas e no dia 27, às 15h, os filmes profanAÇÃO e Majur.

A Mostra Competitiva premiará ao final do evento, no dia 28 de novembro, às 20h, na Cinemateca Capitólio, o Grande Prêmio Cine Esquema Novo 2018 e cinco Prêmios Especiais do Júri (o Júri Oficial poderá outorgar até cinco prêmios, de forma livre, dentre todas as obras em competição), com apoio da Locall. O júri desta edição é composto por Leo BomFim, Renata de Lélis e Romy Pocztaruk.

O realizador alemão Philip Widmann, artista convidado do CEN 2018, vem a Porto Alegre para exibição de mostra e seminário com entrada franca no Goethe-Institut Porto Alegre. Topographical Translations reúne trabalhos que tentam situar questões de representatividade e inteligibilidade na visibilidade de superfícies construídas e crescidas, contrastando com a evanescência do discurso escrito e falado. O artista apresentará dois programas no auditório do Goethe-Institut Porto Alegre: às 14h, os curtas Fictitious Force, Das Gestell (ambos de Widmann), em diálgo com os filmes The Voice of God (de Bernd Lützeler) e Nutsigassat (Translations) (de Tinne Zenner), e às 16h, o primeiro longa-metragem do realizador, Szenario. Às 17h30, Widmann promove um Seminário com entrada franca. Os filmes possuem legendas em português e o seminário será realizado em inglês. No dia 26, a mostra tem reprise nos mesmos horários.

O Duo Strangloscope, dos artistas Cláudia Cárdenas & Rafael Schilchting, promove a mostra Existir/Resistir no dia 27, na Cinemateca Capitólio. A dupla executa a performance Carcará, com filmes e projetores 35mm, 16mm e Super 8 e apresenta uma curadoria de seis filmes experimentais de artistas do México, Argentina, EUA, Espanha, Venezuela e  França, três deles em 16mm, que refletem e dão forma a questões sobre existência e resistência.

Duas oficinas integram a programação do evento: Crítica no Brasil Hoje, ministrada pelo jornalista e crítico de cinema Daniel Feix, ocorre nos dias 22, 23 e 26 de novembro, na Cinemateca Capitólio. O curso de três módulos sobre análise de filmes na contemporaneidade com foco na produção atual cinematográfica brasileira ocorre das 15h às 18h e tem 20 vagas. As inscrições devem ser feitas pelo site do festival. Já o projeto Câmera Causa, ministrado por Gustavo Spolidoro e Jadhe Fucilini, ocorre nos dias 24 e 25 de novembro na Ocupação Utopia e Luta e contará com projeções dos filmes realizados na oficina no dia 27, no auditório do Goethe-Institut Porto Alegre.

Oficina voltada para pessoas são pertencentes ou atuam junto a projetos sociais e grupos em vulnerabilidade social. O intuito é levar a estes grupos/pessoas uma reflexão e prática da realização audiovisual voltada a criação de conteúdo que possa ser utilizado como divulgação do trabalho destes grupos, sua realidade e causas. As inscrições estão abertas até 18 de novembro e as 20 vagas serão preenchidas mediante seleção, feita pelo site do festival. A divulgação dos selecionados ocorrerá no dia 20.

No sábado, 24 de novembro, das 10h30 às 12h, a artista visual, professora de Artes Visuais na  UFRGS Elaine Tedesco, professor da Unisinos e Doutorando em Poéticas Visuais pela UFRGS James Zortéa e a jornalista, doutora em cinema e professora da PUCRS Maria Henriqueta  Creidy Satt integram o Seminário Pensar a Imagem, no auditório do Goethe-Institut Porto Alegre. A atividade é uma reflexão sobre a imagem contemporânea, abordando especificidades teóricas, técnicas, conceituais, narrativas e de circulação, entre outros aspectos, associados à produção autoral e experimental de imagens no século 21. Não é necessária inscrição prévia.

Com financiamento do edital de apoio a festivais e mostras do Ministério da Cultura / Secretaria do Audiovisual, o Cine Esquema Novo 2018 ocorre na Cinemateca Capitólio e Goethe-Institut Porto Alegre. O CEN é uma realização da ACENDI – Associação Cine Esquema Novo de Desenvolvimento da Imagem, em co-realização com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre através da Secretaria Municipal da Cultura e Cinemateca Capitólio Petrobras e Goethe-Institut Porto Alegre, apoio institucional TECNA PUCRS, apoio de premiação da Locall e apoio Prime Box Brazil, Unisinos FM, Grupo RBS, Studio Leo Zamper, rogerlerina.com.br e Ocupação Utopia e Luta.

 

Vencedores Cine Esquema Novo - Arte Audiovisual Brasileira 2018 

Grande Prêmio Cine Esquema Novo 2018 - Diamante: “De uma sensibilidade ímpar, ‘A Casa’ nos transporta para um tempo onde a memória é um artefato para construção da identidade feminina. Enigmático, sutil e intenso”. A CASA, Camila Leichter

“Princesa morta do Jacui’, ficção cientifica B nos confins do progresso no Rio Grande do Sul, onde a crença nas possibilidades fabulares cria uma narrativa delirante”. PRINCESA MORTA DO JACUÍ, Marcela Ilha Bordin

 

Prêmio Destaque Cine Esquema Novo 2018 - vencedores

Prêmio Rubi: “Destaque para o trabalho colaborativo entre os diretores e o grupo de Bagaceira de teatro que rendeu ótimas atuações, “Inferninho” é um filme plástico. A imagem milimetricamente construída, junto à densidade onírica do cenário e personagens, transforma a obra em uma experiência estética e sonora que merece atenção”.  INFERNINHO, Guto Parente e Pedro Diógenes

Prêmio Pirita: “A Cidade dos Piratas’, organização narrativa que instiga um mosaico sobre a sexualidade masculina em seus medos e desejos, promovendo uma antologia de muitos períodos e humores da obra de Laerte, em um trabalho radical de montagem que traduz para o cinema a linguagem fragmentada e subversiva das tirinhas em quadrinhos”. A CIDADE DOS PIRATAS, Otto Guerra

Prêmio Ametista: “Com caráter surrealista onde a boca se converte na própria vulva, “B.U.N.I.T.A.S” reconstrói o mito da “vagina dentada” desejada e assustadoramente perigosa. O filme conduz a necessidade pungente de conhecer e reconhecer a beleza assimétrica da genitália feminina, seus mistérios e prazeres. Um filme necessário, impactante e sensual”. B.U.N.I.T.A.S, Estela Lapponi

Prêmio Turmalina Negra: “Apresenta personagens construídos com características multidimensionais, dando a ver desde a fragilidade humana às forças ancestrais que se manifestam no Maracatu, no ciúme, no gozo, no futebol, na fé. Pelo equilíbrio complexo muito bem orquestrado entre atores e não atores”. AZOUGUE NAZARÉ, Tiago Melo

Prêmio Calcita: “Thriller místico sob o signo de mil e uma noites. Um prisma de possibilidades narrativas, “El Meraya” é um enigma underground.” EL MERAYA, Melissa Dullius e Gustavo Jahn

Menção Honrosa do Júri: “Pelas abordagens políticas contundentes” TINTA BRUTA, Marcio Reolon e Filipe Matzembacher | SEM TÍTULO (5), Maíra Flores e Luciano Scherer | SUPERCOMPLEXO EXPANDIDO METROPOLITANO, Guerreiro do Divino Amor

Prêmios em serviços

Locall - R$ 7.000,00 (cinco mil reais) em aluguel de equipamentos a serem resgatados na filial Porto Alegre

 

Júri

LEO BOMFIM: Jornalista carioca radicado em Porto Alegre, é programador da Cinemateca Capitólio Petrobras desde 2015 e da Sala P. F. Gastal desde 2013. É editor do site Freakium e do fanzine de crítica de cinema Zinematógrafo. Codiretor do documentário Nas paredes da pedra encantada (2011), sobre o disco Paêbirú, de Lula Côrtes e Zamalho. Compositor e guitarrista na banda do cantor psicodélico gaúcho Plato Divorak.

RENATA DE LÉLIS: Atriz-bailarina, pesquisadora e professora, mestre em Performance Artística-Dança na FMH-Lisboa. Atua como atriz de teatro e audiovisual desde 2005, tendo recebido cinco prêmios em festivais ao longo de sua carreira. É membro do COLETIVO HABITANTES, coletivo interdisciplinar que pesquisa corpo e tecnologia desde 2015. Com o videoarte Onda, produzido pelo coletivo, participou do FILE - SP, em 2016 e 2017 e no Live Cinema Festival, Itália, em 2016. Em 2018 o coletivo participa do Kino Beat com a videoinstalação Beej.

ROMY POCZTARUK: mestre em Poéticas Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Seu trabalho lida com simulações e com a posição a partir da qual o artista interage com diferentes lugares, e com as relações possíveis a partir do cruzamento de diferentes campos e disciplinas (como ciência e comunicação) com o campo da arte, gerando resultados poéticos em diferentes meios e suportes. Realizou exposições individuais no CDF Centro de Fotografia de Montevideo (2016), Centro Cultural São Paulo (2015), SIM Galeria (2014), Galeria Gestual (2014) e Instituto Goethe POA (2013).

 

Números do CEN 2018

10 filmes premiados

3 mostras

39 filmes selecionados para Competitiva Brasil

13 projetos dirigidos por grupos

13 realizadoras

36 realizadores

9 produções assinadas por brasileiros no exterior

34 filmes em exibição na Cinemateca Capitólio

2 sessões com acessiblidade

1 filme no espaço expositivo do Capitólio

4 filmes na galeria do Goethe-Institut

2 performances

2 seminários

Mais de 30h programação em sala de cinema, galerias, ruas e paredes da cidade;

22 sessões em sala de cinema

2 oficinas

 

Quem fez o CEN 2018:

Curadoria Mostra Competitiva Brasil: Jaqueline Beltrame, Ramiro Azevedo e Vinícius Lopes

Curadoria Mostra Topographical Translations: Philip Widmann

Curadoria Mostra Strangloscope: Cláudia Cárdenas & Rafael Schilchting

Curso “Crítica no Brasil Hoje”: Daniel Feix

Curso “Câmera Causa”: Gustavo Spolidoro e Jadhe Fucilini

Seminário “Pensar a Imagem”: Elaine Tedesco, James Zortéa, Queta Satt

Júri Mostra Competitiva Brasil: Leonardo Bom Fim, Renata de Lélis, Romy Pocztaruk

Equipe de Produção: Jaqueline Beltrame (coordenação), Arthur Ferraz, Kamyla Claudino Belli, Marco Mafra e Tulia Radaelli

Equipe de Programação: Ramiro Azevedo (coordenação), Isabel Cardoso

Equipe de comunicação: Bruna Paulin (coordenação), Bruna Paulin e Lucas Thompson (assessoria de imprensa) e Juliana Palma (reportagem e redes sociais)

Site: Pomo Studio (Gabriella Tachini e Fred Messias)

Fotografia: Thiéle Elissa

Arte – concepção & design: Gustavo Panichi

Vinheta: Kamyla Claudino Belli

Rádio Oficial CEN 2018: Unisinos FM

Minuto CEN: Equipe TECNA PUCRS

Consultoria Jurídica: Adv. Patrícia Goulart

Ponto de Encontro Oficial CEN 2018: Kaza Zamper

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